Wednesday, February 15, 2006

Continuando com os Souzas

Abandonando, em parte, a poesia e voltando para a história dos Souza, que me proponho a contar por crença e por inclusão, veremos que, em algumas de suas passagens, a história também tem alguma poesia. Não que esse seja um mérito exclusivo dos Souzas, eis que entre tantos relatos, entre tantas histórias, muitas delas tanbém são a mais pura poesia.

Vovô - na verdade meu bisavô - plantou as suas sementes no bairro Cavalhada, em Porto Alegre, local em que conheceu vovó China - apelido carinhoso de uma índia de origem paraguaia - e, com quem, juntos constituíu uma família no local. Dessa união nasceram vários filhos: Jardelino, Jacy, Jaime, Jacintho, Jurema, Jandira. Uma sucessão de jotas, como era costume na época fossem batizados os filhos, seguindo uma mesma letra, ou até , em certos casos, seguindo a mesma sílaba.

Vovô comprou uma grande extensão de terras no local - as terras eram baratas e abundantes naquela época -, onde passou a plantar os seus parreirais de uvas selecionadas. Começou também um armazém, o primeiro a atender naquela região da cidade.

Saturday, February 11, 2006

Ancorado em Sonhos

A poesia brinca com a racionalidade, contraria as leis da fisíca, e não tem gravidade. Veja só! Como neste verso o meu barco flutua, mais leve do que plumas, e balança suave aos ventos! Ou esta rosa cor de chumbo, que linda reflete o sol nas suas belas petálas metálicas de tons argênteos.

A poesia divide o zero, divide por zero, zera o que divide, faz do zero um indivisível... Não, não há regra na temática, nem rima a matemática. Versejo? Não! Poejo, desafio a gramática! Não há regra, não há prática... Quanto pesa a sua alma? Responda, mas em unidades dramáticas.

Não necessito provar nada pra ninguém. Ancorarei o meu barco no porto dos meus sonhos. Sem amarras, que nos sonhos os barcos abandonam os portos para uma nova missão.

Monday, February 06, 2006

Um Fernandes de Souza

Um Fernandes de Souza saiu de Portugal e veio para o Brasil tentar a sorte no novo mundo. Naquela época diziam que era fácil ganhar a vida por aqui, que a terra era barata e fértil, que o clima era agradável, que o povo era amistoso, que o governo não atrapalhava muito - pelo menos naquela época ainda não atrapalhava!

Este Fernandes de Souza se chamava Domingos, aventureiro que veio tentar a sorte no Brasil, e acabou em Porto Alegre, num bairro chamado Cavalhada, local onde as tropas de cavalos paravam para dar água aos animais num arroio de mesmo nome. Nesse bairro comprou uma grande área de terras. Plantou vinhedos, batatas, montou um comércio, um armazém e padaria.